17.5.09

INTERREGNO




Breve, não foi!
Acontece que em mim, a escrita neste Blog era gerada pela dor, sofrimento, infelicidade... e como essa etapa terminou, a necessidade dissipou-se...
De quando em vez uso-o como atalho para leituras que são do meu agrado, sem nunca escrever nele ou comentar quem visito. Mas vou seguindo, de longe, os poucos que ainda partilham as sua ideias.
Hoje quis deixar apenas um olá para alguém que por aqui passe e escrever algo para que o Blog não seja removido por falta de uso, pois não queria perder os artigos que publiquei porque fazem parte do meu passado.
Deixo-vos um sorriso, em paga da vossa visita.

2.10.07

Olá!



Mais uma vez, reconheço que estive afastada demasiado tempo.
Não sei porquê, para além das férias normais... mas claro que não foram dois meses! Não me importava que fosse essa a verdadeira razão, mas não foi. Talvez porque arranjei coisas que me absorveram, novos interesses, velhos amigos... bem, não importa desculpar-me mas sim dizer que voltei.

E na linha do que venho dizendo, disse para comigo, que há compromissos que é chegada a hora de assumir.

Há muito tempo que me afligia não ser forte bastante para parar com este vício!
Fumar pode matar, lenta ou repentinamente, e eu sei disso. Ando há tempo demais a dizer que vou parar logo que o problema que tenho entre mãos desapareça. Mas claro, mal soluciono um, vem logo outro, e fica apenas a ideia de fazê-lo mal fique em paz...

Agora que a paz enfim chegou, estou finalmente a tentar deixar de fumar. Eu sei que é difíicil, mas tudo na vida se consegue, desde que se queira com muita força. Ninguém sabe disso melhor que eu... é apenas uma questão de vontade, de ser mais forte que uma fumaça... mas claro que já sinto saudades, embora seja um gosto que nunca mais terei, pois sei que mal o faça pela primeira vez, não conseguirei mais resistir. Enganando a vontade com umas chicletes, umas goluseimas, lá vão passando os dias, e a verdade é que já me sinto mais leve, respiro melhor, enfim quase nova!...
Uma nova mulher, para uma nova etapa da minha vida.

Renascer todos os dias, é o segredo para a longevidade - não era isto que todos queriam saber? Pois descobri e ofereço-vos esta descoberta em primeira mão, como forma de desculpar-me pela minha ausência.

Até breve.

30.7.07


Há passos que damos na vida (não importa analisar aqui e agora os motivos), que deixam profundas marcas, provocam sofrimento a nós e aos outros e mexem com a nossa paz de espírito.

Quando conseguimos, por fim, arrumar a mente, limpar as marcas e ficar em paz, é uma sensação de alívio tal, que nos perguntamos como conseguimos carregar esse fardo tanto tempo.

Este fim-de-semana consegui por em ordem mais um aspecto que gerou caos interior – chegou ao fim um luto, assinalado com presença e flores, no momento certo e com o devido pesar por tantos anos em atraso.

De alma lavada, leve como uma criança, consegui ser feliz, amiga e partilhar isso mesmo.

Sinto-me liberta e sinto que foi um marco nas relações interpessoais.

21.7.07

Amor geométrico-matemático




Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs:
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissectriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.

Ofereceu, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema, ela era a fracção
Mais ordinária.

Mas foi então, que Einstein descobriu a Relatividade.
E tudo que era expúrio passou a ser Moralidade
Como aliás, em qualquer Sociedade.

18.6.07



Poetry feeds and inspires the soul.
Throughout my life, poetry has touched me deeply . . .


Blue as the sky
Green as the grass
White as the snow
Red as a rose
Orange as the sun
Black as the night
So is my mind...

28.5.07

DECIDI




A nossa vida é uma constante tomada de decisões. Desde a mais simples - como a escolha do local para tomar café - até às mais complicadas - como decidir se vale a pena ficar com uma dívida eterna só para ter a casa dos seus sonhos! - todas as decisões são importantes e podem influenciar a nossa vida de forma muito variada. A nossa e a de outras pessoas que de nós dependem.
Por isso, há decisões que devem ser tomadas de cabeça fria e depois de analisadas todas as hipóteses.
Mas o importante mesmo é, depois da decisão tomada, seja ela qual for, não se afastar do que motivou essa decisão. O difícil não é decidir, mas cumprir aquilo que se decidiu.
E eu decidi que pretendo viver o resto da minha vida em paz!
Assim, acabou de nascer uma nova pessoa, com outras aspirações e outro querer!

21.5.07

VAI UM COPO?!

(foto retirada de www.olhares.com)

Porque a vida merece um brinde
Porque o passado, passou
Porque os amigos são fieis
Porque o ódio morreu
Porque o amor nascerá
E tudo o resto virá...

16.5.07

Adaptações corpóreas...




Há etapas da nossa vida em que o exercício de pensar é uma tarefa dolorosa.
Então o pensamento arranja um escape, prega-nos uma rasteira e nós, sem nos darmos conta, passamos a um estado de espírito quase de devaneio... o pensamento corre solto, salta de tema em tema sem nos dar tempo a conclusões; as ideias em “flash” focam um objecto, ao acaso, e prendem-se nos pormenores, coisas que, por serem tão triviais, tão vistas, nunca nos mereceram a devida atenção.
É desses pequenos nadas, de que é composto o nosso dia a dia, que hoje vos vou falar.

Com o aparecimento das novas tecnologias, o nosso comportamento alterou-se, e isso obrigou-nos a alterar rotinas. Se não, vejamos:

O nosso dedo polgar que nunca teve grande desempenho, agora adquiriu um papel importante na escrita, quer dizer, na escrita de mensagens em telemóveis, que é a única que muita gente se digna ter! E garanto-vos que já vi polegares bem rápidos... não sei se com erros ou não, mas que eram rápidos, lá isso eram!

Outro apêndice de grande utilidade passou a ser orelha. Até aqui ela servia apenas para usar brincos, quando muito, “piercings”... agora passou a ser o suporte desse util objecto que nos permitir ouvir o telemóvel e conduzir ao mesmo tempo, sem estar sujeito ao apito do Sr. Polícia ou, principalmente, à pesada multa que ele gosta de escrever no seu caderninho sebento. Isto para já não falar do uso eterno do auriclar que deixou de ser exclusivo do rádio portátil para ouvir a bola e passou a ser a moda dos passageiros frequentes do Metro, para ouvir as musiquinhas “pimbas” no mp3. Mudam-se os tempos, mudam-se as tarefas de determinados apêndices do nosso corpo.

Já agora, será que alguém me sabe dizer qual o objecto que vão inventar a seguir, para dar uso a outros órgãos, como por exemplo a língua, já que ninguém a usa para conversar, agora que as palavras nos saiem pelas pontas dos dedos???

25.4.07

DIA DA LIBERDADE


Hoje comemoramos o dia da Liberdade. Cada um atribui-lhe o seu próprio sentido e até mesmo um significado muito pessoal. Pois eu comemoro o dia da minha liberdade, não menos importante que a de todos, apenas diferente, muito esperada e muito festejada...

Relembro a gaivota, simbolo da liberdade duma Revolução vivida mas pouco sentida - não lhe conseguia, ainda, atribuir um valor político e de ideias! - coisas de infância...

Mas esta gaivota também representa uma liberdade muito pessoal, muito recente, pela qual lutei muito e, tê-la conseguido, transformou o meu estado de alma, a forma de vivê-la.

Estou hoje mais feliz que em qualquer outro dia 25 de Abril, mais serena, mais amadurecida.

Há datas que não nos deixam indiferentes e esta é uma delas.

Voltei ao Reencontro tão adiado!

19.3.07

NO DIA DO PAI

Hoje é o teu dia, Pai! Pena não te ter por perto!

Mesmo assim, o importante é pensar em ti, nos momentos felizes que passámos, nos momentos menos bons que partilhámos, nestas saudades, que apesar de tantos anos, não me deixam!

Hoje é um dos dias que gostaria de ter por perto, para desabafar as minhas angústias, contar-te os meus problemas, ouvir os teus conselhos tão sábios!...

Não é possível, nunca mais será! Mas não deixo de te falar e sei que me vais ouvir.
Preciso falar-te do turbilhão de ideias que me vai na mente, nas desilusões que sofri, nas dúvidas que me assolam.

Meu filho, que não chegaste a conhecer, é lindo, dá-me o carinho e conforto que falta na minha relação. Por ele, eu sofri demais, e sei que minha vida não será nunca um mar de rosas! Mesmo assim, não me consegui libertar deste marasmo, desta vida sem vida, deste viver que vai deixando marcas, mas não as que imaginei! Sou agora uma flor sem cheiro, um pássaro ferido, uma folha de papel sulcada de negras letras que só falam de desilusões desfeitas.

Meus projectos de vida, se transformaram em sonhos nunca realizados; meu amor continua dentro do peito à espera que alguém o liberte, minhas esperanças continuam as mesmas: ser feliz, viver, sorrir, ter alguém por perto que me ame!... É tão pouco, e ao mesmo tempo tanto, que chego a pensar que é pedir demais! Será? Será que a tão almejada paz de espírito e alegria nunca vão chegar?!

Mas hoje é o teu dia, não quero que minha tristeza te entristeça.
Deixo aqui o meu agradecimento carinhoso por esta vida que me deste e que eu não soube tornar tão feliz quanto desejaste para mim.

Obrigada, Pai! Descanso para ti!

16.2.07

VIDA NOVA!



Vê - no meu olhar frio
Existe o brilho da neve
E a desilusão do vazio
Criado por este fim...
Mas ainda sinto
A alma a Crescer
O medo a morrer
E eu a renascer!
Vivo, penso, sonho
Como toda a gente.
Volto a ser eu!
Volto a ser só!

3.1.07


Só - no silêncio deste quarto
Deste lugar, desta distância
Olho, penso e depois parto
Porque liberta já me sinto
Do que causava minha ânsia
E aí meu ser te vê... não minto!
É lá longe que fica onde cismo
E tu és saudade, toda a constância
Dos sonhos que sonho neste abismo!
Do tempo sem medida já me venho
É agora outro eu que aspira esta fragrância
Outra boca que ri dos sonhos que tenho
E neste modo tão meu de te ter
Tendo meu eu consciente em vigilância
Sinto morrer o que em mim nada quer!

2.12.06

COERÊNCIA (ou falta dela...)



A propósito do lançamento do seu novo livro, foi convidado do Jornal das 9h, da Sic Notícias (aquele que ainda vale a pena ouvir), o escritor Nobel que eu muito admiro, Jorge Saramago, sempre tão polémico, admirado por muitos e incompreendido por outros tantos...

Polémico na escrita e não só - talvez até pelas posições por si assumidas em relação à Igreja - mas, essencialmente, na forma de se relacionar com a esfera política, e com o comportamento instituído de altas individualidades...

Adorei ouvi-lo, como sempre. Mas fiquei perplexa como, após a costumada alusão à sua posição perante a religião, e a propósito de uma passagem do seu livro de memórias, ele diz não se arrepender de uma partida pregada a alguém, pois por ter cometido esse pecado, não esperava ir para o inferno... Como pode alguém que diz não acreditar em Deus e religião, invocar o inferno? Serão reminiscências da sua infância?... Quanto a mim, foi apenas falta de coerência.

11.11.06

ERMERGINDO



Sei que tenho andado fugida, arredada deste Blog e do vosso contacto...
É que não é fácil fazer opções quando as escolhas são tão condicionadas.
Este Blog , que devia ser um jardim (de encontros e reencontros), já em tempos o chamei de deserto, pela aridez das emoções nele transcritas.

Por isso, não tenho escrito aqui, pois não queria agora transformá-lo num confessionário ou num substituto de consulta para males da psique, muito menos transformar cada um de vós em potenciais confessores ou médicos... as nossas cadeiras serão sempre vulgares cadeiras e nunca marquesas!... Talvez a Papoila me entenda!...

Este é um espaço onde escrevo sobre temas generalistas, opino e colho opiniões, não sobre o exercício da escrita em si, mas sobre os temas nele abordados. E quero que assim continue.

As vossas visitas, que muito prezo, são para mim um convívio são, de troca de ideias e nunca de galhardetes. E assim espero continuar a receber as vossas visitas, a contar com as vossas opiniões, e nunca com o elogio fácil.

Voltei. A avestruz desenterrou a cabeça e corre solta pela savana.
Esta pérola brilha de novo, bastando para isso um lampejo da luz do dia ... ou da ribalta.

30.9.06

O MEU QUERER...




O coração quer
enclausurar as lembranças
Apagar as marcas que deixaste e ainda doem...

O corpo quer
fechar os poros, os ouvidos, os olhos
a tudo que de ti vem...

A mente quer
abrir os horizontes, alargar os sonhos
e expurgar-te de mim!

18.9.06

TRANSFORMAÇÃO

Vida fugaz a deste insecto!...
Passa pela vida, deslumbrando todos
os que têm o privilégio de contemplar
a sua beleza, numa dança tão infindável
quanto efémera!...
Mas vive plenamente esses poucos dias de vida!




E nós? O ser humano, como ser pensante
que é, não consegue esta ligeireza,
este abandono às coisas simples e belas da vida!

Beleza que haja, efémera ou não,
pode nunca ser vista como tal
e a dança infindável,
que neste caso pode não ser efémera,
tornar-se-á um tormento sem fim,
se vivida em solidão!...

Será que esta crisálida algum dia irá bater suas asas?

11.9.06

A IRRACIONALIDADE DAS CRENÇAS




Esta data ficará para sempre ligada a esta e outras imagens igualmente demonstrativas do poder destruidor das ideias.
O terrorismo será sempre a sombra dos medos dos políticos e, principalmente, o terror dos povos.
Enquanto no Mundo houver fanatismo, actos como este serão sempre possíveis.
Não é meu o pensamento, mas adopto-o: “A revolução das ideias é sempre a mais difícil de acontecer!”

9.8.06

O VALOR DO DINHEIRO





As férias, por norma, são um período de excessos.
Sim, excessos de tudo: de descanso ou de exercícios físicos, de noitadas (de farras ou a dormir!), de dietas ou da falta delas, de passeios, de banhos, de divertimento, de compras... enfim, acima de tudo, excesso de gastos. E o dinheiro tornou-se cada vez mais um bem indispensável!
Ele pode levar-nos ao paraíso ou ao inferno, dependendo do seu significado para cada um de nós.
Mas o dinheiro serve para isso mesmo - para ser gasto. Não importa qual a posição que se possa ter em relação a este assunto. É assim mesmo, o dinheiro foi criado com esse fim. Se assim não fosse, qual o sentido da sua existência?
Pois bem, há muita gente que pensa que o dinheiro existe para ser guardado! Esta é a questão que vos trago hoje. Estar de férias implica estar disponível para tudo, até para gastar dinheiro. Condeno as pessoas que o gastam sem planeamento, mas condeno mais ainda as pessoas que, apesar de o possuírem e poderem gastá-lo, não o fazem porque inventam todo o tipo de catástrofes para imaginar situações em possam vir a precisar desses trocos gastos em tempo de férias!... Bem, eu não condeno, eu apenas não concordo e reconheço que deve ser um desvio de personalidade, algum trauma de infância pobre, ou sonho visionário de vir a enriquecer com essas parcas poupanças de férias.
O dinheiro pode levar-nos ao paraíso ou ao inferno, dependendo do significado que ele tenha para nós.
É necessário despir o espírito dos medos relativos ao dinheiro (melhor, à falta dele) para se conseguir despir o corpo!....

2.8.06

REGRESSO



Aqui estou eu, acabadinha de chegar, ainda com os pés a cheirar a maresia e na boca um travo agridoce... pois é, foi bom mas acabou.
É um olá para todos, em especial aos que, apesar da ausência, continuam a passar por este “jardim” (será de cardos ou rosas?) para os tais reencontros!...
A escrita do livro avançou.
As ideias foram alinhadas.
Trago recordações em estado bruto.
Até já!

13.7.06

FÉRIAS


Durante alguns dias vou mudar-me para praias.com
Vou descansar de tudo, até deste Blog.
Fiquem bem.
Eu voltarei. Não fico por lá!...

27.6.06

PETS



Tenho a sensação que alguns dos temas aqui abordados, ultimamente, podem estar a ser considerados de digestão demasiado pesada...
Para descontrair, vou falar-vos dum programa a que assisti com o meu filho, pois merece alguma reflexão.
Garanto que, apesar de não ter qualidade, ele teve um único mérito - com o ridículo da questão, o riso foi tal, que deu para desopilar o fígado, pois as expressões de “não acredito”, ou será mesmo verdade”, ou o riso contagiante dele, fizeram com que eu aguentasse até ao fim, só para ver até onde podia ir a futilidade humana!
Os animais de estimação dos famosos - sendo que cada um terá que ser mais exótico que o anterior, especialmente a raça canina! - que os seus donos exibem como se fossem troféus raros, e o tratamento que lhes dão, pode indignar qualquer um. Até aqui dá para aguentar. Mas pensar que eles gastam milhões para comprar coisas tão desnecessárias aos próprios animais e que no mundo há crianças a morrer de fome todos os dias, isso já revolta. Se pensam que é exagero, eu deixo alguns números que, a ser verdadeiros, são duma afronta tal que merecem a nossa revolta. Então que me dizem a uma casa para cão que custa a módica quantia de 15.000 €? Mas isto não é nada comparado com uma pulseira de brilhantes, para cachorro, apenas por 22.000 €!... Fora a colecção de “vestuário” que é tão exorbitante quanto a das suas donas, ou a ida ao “cabeleireiro”, à manicure ou as massagens, que dava para vacinar centenas de crianças!, ou as suas camas, a valer 2.000 €, que fariam felizes tantos meninos a dormir em caixotes!...
Por outro lado, devemos pensar que se essas estrelas ganham tanto dinheiro, em parte, a culpa é nossa, porque usamos os produtos que eles criaram. E se existem pessoas que abdicam de parte da sua fortuna para ajudar as pessoas carenciadas (Mia Farrow, Sting, Angelina Jolie), outros há que fazem afrontas do tipo das descritas, não só com os animais mas com tudo na sua vida.
Mas como dizia a minha avó, até para ser cão é preciso sorte! Não sei se estes cachorros serão muito felizes...

13.6.06

TRIÂNGULO DE CONFLITO



Hoje vou falar-vos de um triângulo... Não, não é um triângulo amoroso, desse falar-vos-ei no Livro.
Ou melhor, deveria referir 2 triângulos - o primeiro, Malan denominou-o de “Triângulo de Conflito”, colocando em cada um dos seus três vértices a Defesa, a Ansiedade e a Pulsão; o segundo, Triângulo de Pessoas, com os vértices ocupados pelo Outro, Terapeuta e Figuras Parentais. Mas Malan acaba por defini-los a ambos como Triângulos de Insight, já que o primeiro assenta no vértice Pulsão e o segundo na relação com os Pais, sendo este o «...alvo de quase toda a psicoterapia dinâmica que consiste em chegar até à pulsão subjacente, à defesa e à ansiedade, investigando esse verdadeiro “sentimento encoberto” num recuo desde o presente até às origens no passado, em geral nas relações com os pais»
Com um título assim, talvez se tenham perguntado se eu iria falar da rigorosa Geometria ou do labiríntico Inconsciente! Não, apenas de uma Geometria Psicanalítica..., como diria o nosso querido Machado Vaz!
Sei que o assunto não irá despertar interesse nos visitantes, não me alongarei, deixarei o tema para uma outra abordagem e vou apenas aflorar um dos elementos - a Pulsão, que para Freud, tinha quatro características: origem, pressão, objecto e alvo.
Era a este último que eu queria chegar.
O alvo da Pulsão é sempre a satisfação, a reivindicação permanente da satisfação, a exigência do gozo, de tal modo que o objecto poderá ser muito diverso. E aí entra a sublimação, da qual Freud falava como “representação”. Será esta patológica? E se a satisfação sublimatória é assim tão perfeita, porque é que o artista não é feliz e porque não sublima ele de um modo suficiente para se libertar dos seus maus génios e o neurótico não se cura a si próprio? É a impossibilidade da auto-análise.
Talvez seja esse, também, o meu problema e por isso rodopio neste triângulo tão conflituosamente!...

5.6.06

PONTE SOBRE O TEMPO


A única vantagem que temos, relativamente aos jovens, é que quando se trata de viajar no tempo, recordar o passado, o nosso percurso é muito mais longo, porque temos mais coisas para recordar e muito mais anos a percorrer. Umas há que vale mais a pena recordar que outras, mas quando o fazemos, como o hiato de tempo é tão grande, o prazer do regresso é maior!
Tudo isto para vos falar do concerto do Rock in Rio Lisboa de sexta, dia 2/6, que, para além de Carlos Santana (sem voz!), com a sua guitarra mágica, tivemos Roger Waters (também com muito pouca voz) que nos trouxe a sua música e, essencialmente algumas dos Pink Floyd. Tecnicamente, houve momentos em que pensei estar perante o grupo, mas a idade não perdoa e, na hora de cantar, o velho Waters trazia-me à realidade.
Mas valeu a pena, foi uma noite mágica, tal como dizia Santana na minha canção favorita... e por uma noite, também eu me senti a magic woman... e se recordar é viver, eu vivi uma noite perdida no tempo!

24.5.06

GERAÇÃO DEPRIMIDA




Os Pais desta década enfrentam uma situação deveras desconcertante no que diz respeito à sua relação com os filhos.
Eles são muitas vezes apelidados de irresponsáveis, e atiçados com o gasto chavão “na tua idade, eu já fazia isto, sabia aquilo, etc.”, e outras tantas ouvimos esses mesmos pais dizer dos filhos “eles percebem mais disso do que eu ou, dessas tecnologias eles é que sabem”.
Enfim, em muitos aspectos parece que nasceram já ensinados, noutros são vistos como incapazes de resolver os mais pequenos problemas, sem autonomia e com demasiadas preocupações que não sabem resolver sozinhos.
Os pais, sempre com falta de tempo e tentando dar aos seus filhos aquilo que eles não tiveram, colmatando assim a sua ausência, a falta de diálogo e, muitas vezes, de carinho, pensam que fazem o melhor pelos filhos.
Os filhos, habituados a tudo ter sem esforço nenhum, não aprendem a valorizar o que têm. E quando não conseguem ter algo, pois nem tudo os pais podem comprar, revoltam-se! Sentem-se frustrados e sofrem com isso!
Não é por acaso que subiu em flecha a taxa de suicídio entre os jovens e as consultas a Psicólogos ou Psiquiatras.
E não pensem que eles não sofrem de verdade, que são desculpas. Não, eles sofrem mesmo por não conseguirem viver como lhes prometeram, num mundo de tecnologias e de meios de comunicação que lhes vendeu um mundo fácil, com felicidade garantida e sem entraves de espécie alguma. E quando surgem os problemas, eles não sabem lidar com eles, não foram ensinados a ultrapassá-los.

Estes filhos são uma geração deprimida, intolerante e frustrada!

Tal como houve na década de 60 a geração Hippy - que pensava mudar o Mundo, nas décadas de 70 e 80, a geração rebelde - que nada aceitava e tudo contestava, na década de 90 a geração Prozac, temos a gora a geração deprimida!

18.5.06

SENSUALIDADE



Volúpia, lascívia, luxúria, são sinónimos de sensualidade, tendo implícita a embriaguês dos sentidos. Todos sabem do que falo!
É normal associar a sensualidade à beleza, principalmente quando se fala de imagens, e imagens femininas. Mas nem sempre tem que ser assim: há flores, como algumas orquídeas, que pela sua forma e beleza, conseguem exercer o mesmo efeito em quem as contempla, desde que possua sensibilidade para isso. Há objectos, que pelo seu design, nos transmitem as mesmas sensações. Isto para não falar em pintura ou escultura, onde abundam as imagens e formas sensuais.
Enlevo, encantamento, fascinação, são também definições de sensualidade, e tudo isto podemos encontrar, em pessoas não necessariamente belas, mas que têm uma postura, toque, olhar, riso, forma de vestir, etc., que fazem despertar em nós o mesmo deleite.
Sensual pode ainda ser a cor, o andar, o sorrir, o cruzar e descruzar das pernas... e tantas outras coisa, bastando para isso que a pessoa em causa pretenda causar esse efeito. Exemplo do que digo é o vídeoclip Don't Bother de Shakira.

Sensual define um conceito, mais de quem olha, do que de quem é observado.

12.5.06

LIVRO



******
A caixa do correio electrónico estava cheia, como sempre, mas apenas um endereço era importante. Aquele remetente - cujo nome, pequeno, arredondado e com uma sonoridade tão musical - sobressaía na imensa lista de mensagens que reclamavam a sua atenção. Tudo o resto era trabalho, coisas importantes sem dúvida, mas que teriam que aguardar mais um pouco, pois a sua curiosidade era mais forte do que o seu sentido de dever.
Sabrina esquecia-se do tempo sempre que abria o correio dele.
Luís era, sobretudo, amoroso. Fazia bem ao seu ego sentir-se assim amada, quase idolatrada, em confronto com um período tão cinzento, tão carente, que atravessava a sua vida conjugal.
Luís foi entrando na sua vida aos poucos: sempre amável e solícito, sempre que o assunto abordado era ela, arrebatador quando abordava temas do seu interesse, como a ópera, a música - a clássica, claro, a única que merecia o nome de arte -, ou em áreas de interesse comum, como os mercados financeiros ou o teatro. Cada conversa telefónica, cada mensagem escrita, era mais uma porta que se entreabria para o mundo dele, tão diferente, tão seguro, e por ela tão desejado!
No início, antes da intimidade, Sabrina conseguia vislumbrar nesses contactos, uma forte necessidade de diálogo, de troca de ideias e de estímulo intelectual. Luís usava de uma peculiar crítica zombeteira sempre que aludia a assuntos de carácter social, embora sempre jocoso, deixando denotar uma fugaz sensação de superioridade. Isso intimidava-a! Aquela sensação de desconforto voltava, sempre que ponderava o assunto!
***

5.5.06

O LIVRO




Inicio hoje a publicação de alguns excertos do livro que comecei há dias.

É um romance sem pretensões, que prometi a mim própria escrever, tendo apenas como objectivo o prazer da escrita - boa ou má, compete a vós apreciar.

A todos aqueles que se derem ao trabalho de ler, agradeço apenas comentários construtivos e peço que esqueçam o elogio fácil. Não é esse o meu intento.
Beijos.

DEDICATÓRIA

Àquele que julga que escrever
é trabalho de pouca monta
porque nunca soube
rasgar as entranhas
e pôr a alma a nu.

*****

Capítulo I
O DESPERTAR


Sabrina era loira, meiga, cheia de vida e... sabida.

Ela abriu os olhos, libertou-se da roupa e, parou o gesto... queria tanto recordar o sonho que acabara de ter, que fechou os olhos e tentou recuar o pensamento.

Conseguiu pegar na última imagem, aquela em que todos os homens, incluindo os bebés, desfilavam à sua frente com os pés ensanguentados. Que sonho mais enigmático! Tinha com certeza um significado muito especial, mas ela não era entendida nessas coisas. A teoria Freudiana nunca tinha conseguido aguçar a sua curiosidade. Era mais dada a Leis, amores e caprichos. Teria que falar disso quando visitasse o seu Psicólogo. Qual seria a mensagem que o seu inconsciente lhe mandava, tipo charada em e-mail, para ela decifrar?

O toque do telemóvel chamou-a à realidade, dando a necessária continuidade ao gesto interrompido pelo devaneio anterior.

Era ainda cedo, mas seu romance não tinha horas. Ela tinha um amor muito possessivo, e a voz carinhosa que reclamava a sua atenção, saindo daquela caixinha milagrosa - que ele odiava mas ela não dispensava - tornou o seu despertar mais alegre.
Bem vistas as coisas, era até muito prático, pois podiam namorar em qualquer lado. Nem Sabrina entendia como havia gente que se recusava a aceitar esta maravilha da tecnologia.

E já que falamos de tecnologia, convém dizer que, apesar de tanto falarem, escreverem, conversarem por todos os meios, Sabrina nunca tinha visto Luís. Este era um “flirt” diferente dos outros. Era um romance do século XXI, fruto da nova era tecnológica, onde a Internet faz milagres aproximando corações solitários.
Talvez ele escondesse algo que lhe escapava, mas agora não queria questionar nada, queria apenas ouvir as palavras ternas a que ela já se habituara, e elas surgiam mais calorosas e saudosas que nunca.
Sabrina olha o relógio, pensa nos seus compromissos para esse dia, desculpa-se e esgueira-se para o duche.

28.4.06

PROJECTO



Viver sem viver! Deixar os dias passar por mim
e abandonar-me a esta letargia das emoções!
Reprimir meus sonhos, meus projectos,
minhas ambições, meus desejos,
tem sido o meu viver...
Sinto que preciso de algo que me abane,
que chocalhe e baralhe esta disposição
compartimentada em que enclausurei os sentidos!
Decidi que é urgente VIVER!
Questionei as minhas prioridades,
os meus entraves à sanidade emocional,
e conclui que vou iniciar o livro
há tanto tempo pensado.

19.4.06

CAMINHAR OU CAIR?

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Há ideias que nos surgem que, se não forem passadas ao papel, onde possamos vê-las traduzidas em letras, permanecem num turbilhão, queimando as meninges, até serem despejadas nessa folha branca, onde a cor da tinta dissolve a chama que elas nos transmitem...

Fúrias, raivas, medos, sonhos - tudo é transformado em arabescos torcidos e retorcidos, segundo a minha vontade de moldar-me a esta corrente de gestos e sons que agrilhoa o meu querer.

É esse estado de alma que dá origem à maior parte da minha escrita.

É que caminhar ao lado de alguém, servindo de apoio nos momentos de fraqueza e partilhando os bons momentos, é viver em comum.
Outra coisa bem diferente, é seguir ao lado de alguém, não como um igual mas apenas servindo de muleta, para apoio nos desequilíbrios diários! E isso não é viver - é sofrer!

5.4.06

OS AFECTOS



No seguimento do post anterior, e porque é fundamental perceber a afectividade para a compreensão da depressão, hoje venho falar-vos dos afectos.
A afectividade é a parte psíquica responsável pela maneira de sentir e perceber a realidade - pelo significado sentimental de tudo aquilo que vivemos. Se a nossa realidade é agradável, angustiante, se nos causa medo ou pânico, ou se nos dá satisfação, tudo isso é codificado pela nossa afectividade. É através do nosso Afecto que o mundo, no qual vivemos, chega até à nossa consciência com o significado emocional que tem para nós.
A afectividade funciona como as lentes dos óculos através das quais vemos emocionalmente a nossa realidade. Através dessas lentes podemos perceber a nossa realidade com mais clareza ou não, com mais colorido ou não, com mais esperança ou não. Ás vezes vemos a realidade através de óculos escuros, ou seja, tudo é visto de maneira cinzenta, escura e nublada. Outras vezes a realidade é vista através de lentes cor-de-rosa e tudo parece mais exuberante. Outras, ainda, vemos o mundo através de uma lupa, onde as questões adquirem dimensões maiores.
Como a afectividade (lentes do óculos) é diferente de pessoa para pessoa, cada um de nós reage a essa realidade também de maneira muito pessoal e diferente.
A afectividade pode ser melhorada com a utilização de medicamentos que actuam nos neurotransmissores e nos neuroreceptores cerebrais e através de práticas psicoterapeutas e psicopedagógicas de aperfeiçoamento da personalidade. Neste último caso a pessoa passa a conhecer melhor as suas emoções e passa a melhorar a sua relação com a realidade e consigo mesma.
Há ainda o afecto depressivo e negativo, onde as sensações físicas banais em qualquer pessoa são valorizadas de modo pessimista nos deprimidos - uma simples tontura, por exemplo, apesar de ser um acontecimento trivial na vida de qualquer pessoa, é percebida como algo muito sério pelo deprimido - como uma ameaça à sua saúde.
Até me atrevo a dizer que, os afectos comandam a vida!...

30.3.06

DEPRESSÃO



A Depressão é um Transtorno Afectivo (ou do Humor), caracterizado por uma alteração psíquica e orgânica global, com consequentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida.
É uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em consequência, o pensamento. A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afecta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.

A Depressão é, portanto, uma doença afectiva ou do humor, não é simplesmente estar na "fossa" ou com "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço. As pessoas com doença depressiva (estima-se que 17% das pessoas adultas sofram de uma doença depressiva em algum período da vida) não podem, simplesmente, melhorar por conta própria e através dos pensamentos positivos, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias. Sem tratamento, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos. O tratamento adequado, entretanto, pode ajudar a maioria das pessoas que sofrem de depressão.

A Depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afecta a parte psíquica, as funções mais nobres da mente humana - como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo - e também a parte física.
Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido.

A pessoa deprimida não tem ânimo para os prazeres e para quase nada na vida, de pouco adiantam os conselhos para que passeiem, para que encontrem pessoas diferentes, ou pratiquem actividades exóticas. Os sentimentos depressivos vêm do interior da pessoa e não de fora dela e é por isso que as coisas do mundo, as quais normalmente são agradáveis para quem não está deprimido, parecem aborrecedoras e sem sentido para o deprimido.

A Depressão é medicamente mais entendida como um mal funcionamento cerebral do que uma má vontade psíquica ou uma cegueira mental para as coisas boas que a vida pode oferecer. A pessoa deprimida sabe e tem consciência das coisas boas de sua vida, sabe que tudo poderia ser bem pior, pode até saber que os motivos para seu estado sentimental não são tão importantes assim, entretanto, apesar de saber isso tudo e de não desejar estar dessa forma, continua muito deprimido. Portanto, as doenças depressivas manifestam-se de diversas maneiras, da mesma forma que as outras doenças.

28.3.06

ILUSÂO




O SOL BRILHAVA E EU CANTAVA
O MAR BRAMIA AS ONDAS QUE EU OLHAVA
O SOL FUGIA DE MADRUGADA
E EU PERMANECIA SEM SER AMADA!

O PENSAMENTO QUE LONGE IA
VOLTAVA EM BRANCO, QUANDO NÃO FUGIA
E MAIS UMA VEZ AMANHECIA.
OLHAVA O SOL QUE NASCIA
E O VAZIO QUE EM MIM FICAVA
PERMANECIA E TORTURAVA
SEM QUE SENTISSES QUE EU TE AMAVA!

ATÉ QUE UM DIA ENTENDI
O QUE QUERIA DE MIM E DE TI
E SURGIU ESTE SILÊNCIO
EM QUE A PARTIR DAÍ VIVI!

27.3.06

MUDANÇA




AOS NOVOS E, PRINCIPALMENTE, AOS ANTIGOS LEITORES, INFORMO QUE ME MUDEI PARA AQUI PORQUE DETESTO BATRÁQUIOS.

CONTO COM OS VOSSOS COMENTÁRIOS.

24.3.06



Sempre que me sento para escrever o que me vai na alma, bloqueio.
As palavras atropelam-se, não consigo escrever
à velocidade que penso e, entretanto, as ideias fogem!...
É difícil pôr a alma a nu, abrir as entranhas, rasgar as
barreiras criadas por tantas defesas, e assim, desnudar
o coração, deixando brotar os sentimentos!...
Esta miscelânea de emoções fortes, algo contraditórias
e contrafeitas, que me impelem a viver de uma forma
não desejada mas, mesmo assim, escolhida, brotam
do mais recôndito do meu ser!
Assim me tenho deixado viver todos estes anos.
Eu procuro justificar esta minha postura perante a vida,
com aquilo que nela é, e sempre será, o seu maior desígnio:
o fruto daquilo que um dia já foi Amor!