3.1.07


Só - no silêncio deste quarto
Deste lugar, desta distância
Olho, penso e depois parto
Porque liberta já me sinto
Do que causava minha ânsia
E aí meu ser te vê... não minto!
É lá longe que fica onde cismo
E tu és saudade, toda a constância
Dos sonhos que sonho neste abismo!
Do tempo sem medida já me venho
É agora outro eu que aspira esta fragrância
Outra boca que ri dos sonhos que tenho
E neste modo tão meu de te ter
Tendo meu eu consciente em vigilância
Sinto morrer o que em mim nada quer!