GERAÇÃO DEPRIMIDA
Os Pais desta década enfrentam uma situação deveras desconcertante no que diz respeito à sua relação com os filhos.
Eles são muitas vezes apelidados de irresponsáveis, e atiçados com o gasto chavão “na tua idade, eu já fazia isto, sabia aquilo, etc.”, e outras tantas ouvimos esses mesmos pais dizer dos filhos “eles percebem mais disso do que eu ou, dessas tecnologias eles é que sabem”.
Enfim, em muitos aspectos parece que nasceram já ensinados, noutros são vistos como incapazes de resolver os mais pequenos problemas, sem autonomia e com demasiadas preocupações que não sabem resolver sozinhos.
Os pais, sempre com falta de tempo e tentando dar aos seus filhos aquilo que eles não tiveram, colmatando assim a sua ausência, a falta de diálogo e, muitas vezes, de carinho, pensam que fazem o melhor pelos filhos.
Os filhos, habituados a tudo ter sem esforço nenhum, não aprendem a valorizar o que têm. E quando não conseguem ter algo, pois nem tudo os pais podem comprar, revoltam-se! Sentem-se frustrados e sofrem com isso!
Não é por acaso que subiu em flecha a taxa de suicídio entre os jovens e as consultas a Psicólogos ou Psiquiatras.
E não pensem que eles não sofrem de verdade, que são desculpas. Não, eles sofrem mesmo por não conseguirem viver como lhes prometeram, num mundo de tecnologias e de meios de comunicação que lhes vendeu um mundo fácil, com felicidade garantida e sem entraves de espécie alguma. E quando surgem os problemas, eles não sabem lidar com eles, não foram ensinados a ultrapassá-los.
Estes filhos são uma geração deprimida, intolerante e frustrada!
Tal como houve na década de 60 a geração Hippy - que pensava mudar o Mundo, nas décadas de 70 e 80, a geração rebelde - que nada aceitava e tudo contestava, na década de 90 a geração Prozac, temos a gora a geração deprimida!